Levante do sofá

O sedentarismo está em alta e os índices são preocupantes.
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Todos estão cansados de saber que fazer exercícios é essencial, simplesmente pela melhoria do metabolismo e de várias funções motoras, além de, claro, melhorar a aparência física. Mas, parece que essa ideia ainda não repercutiu no Brasil, ou todos fecharam os ouvidos para não escutar. O país possui um dos maiores índices de obesidade do mundo.
Segundo estudos do Instituto de Métrica e Avaliação para a Saúde (IHME) da Universidade de Washington, 52,5% dos homens e 58,4% das mulheres acima de 20 anos tem sobrepeso ou obesidade. O Ministério do Esporte divulgou que 45,9% da população em geral é sedentária e não praticou nenhuma atividade física ao longo do ano.
O ideal seria praticar esportes três vezes por semana, com duração mínima de 30 minutos. Carlos Vidal, personal trainer atuante no Rio de Janeiro, afirma que fazer essas atividades, alternando com uma musculação duas vezes por semana trará resultados mais rápido.
O sedentarismo está entre os dez principais fatores de risco que ameaçam a saúde. Carlos preparou algumas dicas para você sair do sofá e se exercitar:
1- Faça uma avaliação física. Teste a sua flexibilidade, força e fôlego, isso pode ser feito por um profissional de Educação Física na própria academia que vai frequentar;
2- Trace objetivos realistas. Isso pode ser motivador, desde que mantenha os pés no chão, almeje metas possíveis;
3- Escolha uma atividade com que tenha afinidade. Experimente diferentes modalidades até achar a certa para você;
4- Comece aos poucos. Os exercícios não podem exigir muito, respeite seus limites;
5- Persista. É comum se desanimar, às vezes pela monotonia ou por não conseguir ver os resultados imediatamente, mas no longo prazo vale a pena.

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Estresse e tédio podem levar à obesidade infantil

Profissionais orientam aos pais sobre má alimentação e sedentarismo; principais causadores da doença

Quase metade das crianças brasileiras de cinco a nove anos tem obesidade ou sobrepeso, é o que revela pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Alimentação inadequada e sedentarismo são os principais vilões. Outros fatores podem aumentar ainda mais o risco, entre eles, o psicológico, como estresse ou tédio, que levam as crianças a comerem mais que o indicado.

A psicóloga Mariana Baptista explica que a obesidade infantil acarreta os aspectos psicológicos tanto como causa, quanto consequência. “Existem estudos que mostram como causa a dificuldade de adaptação, na entrada da vida escolar, separação de pais, nascimento de irmão ou mudança de cidade. A ansiedade, uma emoção como outra qualquer, que, em excesso, pode levar a criança a descontar na alimentação, principalmente se ela não gasta a energia com atividades físicas e brincadeiras”. Entre as consequências, a psicóloga destaca o isolamento social. “A criança pode sofrer insultos e ser desmerecido por sua condição tanto por colegas quanto pelos próprios parentes”, disse a psicóloga acrescentando ainda que, em casos mais extremos, a obesidade pode levar até a depressão infantil.

Ainda de acordo com Mariana, para lidar com a ansiedade e impor limites os pais podem procurar um psicólogo para orientação. “Caso percebam mudança de comportamento, como irritabilidade ou isolamento, podem buscar um psiquiatra infantil para caso de medicação. O psicólogo vai ajudar a criança a lidar com os sentimentos negativos”, informou.

De acordo com a nutricionista Thaysa Lopes, a alimentação saudável pode começar a ser incentivada ainda na primeira infância, quando os novos alimentos são apresentados ao bebê. “À medida que a criança cresce, os pais podem incentivá-los através de brincadeiras e usando a criatividade no momento da apresentação desses alimentos, sem que seja necessário lançar mão de chantagens ou “esconder” os vegetais. Isso pode até fazer a criança engolir, mas não vai criar um hábito de alimentação saudável. O ambiente familiar também determina o comportamento da criança até a idade adulta. Os pais são vistos como um exemplo a ser seguido pelos pequenos. Se a mãe ou o pai se recusa a comer alimentos saudáveis, será difícil convencer a criança a ingeri-los”, destacou Thaysa, acrescentando ainda que os alimentos que mais têm prejudicado a saúde das crianças são os fast foods, refrigerantes, alimentos industrializados e congelados, doces e frituras.

Ainda segundo a nutricionista, já no caso de obesidade o ideal seria, além da redução desses alimentos “perigosos”, a inserção de todos os grupos de alimentos no cardápio infantil. Uma alimentação rica em frutas, verduras, legumes, grãos, cereais e sementes seria o mais adequado, além da prática de atividade física.

A professora de educação física Elaine de Almeida fala sobre a importância de incentivar as crianças desde cedo à prática de atividades físicas. “As crianças de hoje destinam maior parte do tempo a games e internet, deixando de lado as brincadeiras e atividades físicas e o estimulo ao desenvolvimento psicomotor, cuja fase fundamental acontece dos dois aos sete anos de idade. É importante que os pais incentivem, desde cedo, as crianças a praticarem algum esporte, levando em parques para brincar, colocando em aulas de natação, futebol, ginástica, entre outras modalidades”, conclui.

Creches brasileiras começam a receber suplementação nutricional

Estratégia pode reduzir em até 38% os casos de anemia e em 20% a deficiência de ferro na infância

Com o objetivo de prevenir anemia e controlar carências nutricionais na infância, o Ministério da Saúde realiza, nesta segunda-feira (2), o lançamento nacional do NutriSUS, estratégia que beneficiará mais de 330 mil crianças de 1.717 municípios brasileiros.

Para a ação, que estará presente em 6.864 creches, o Ministério da Saúde investiu R$ 7,5 milhões para a aquisição de sachês de vitaminas e minerais que irão fortificar a alimentação ofertada nas creches participantes do Programa Saúde na Escola (PSE).

Para 2015 está previsto um investimento de R$ 12,5 milhões visando a compra de 40 milhões de sachês. Os sachês multivitamínicos da ação, feita em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e Ministério da Educação, começarão a ser utilizados na suplementação das crianças já no primeiro semestre do ano letivo.

Confira a apresentação

A definição das creches que receberão a suplementação alimentar nessa primeira fase do programa levou em consideração àquelas com mais de 95% das crianças com idade entre 6 e 48 meses, municípios da região Norte e Nordeste e creches dos municípios do Sul, Sudeste e Centro-Oeste com mais de 110 crianças na faixa prioritária.

O Nordeste será a região com o maior número de creches participantes, contabilizando 4.393 unidades. Em seguida vem a região Sudeste – com 1.233, a região Sul, com 599 unidades, e a região Norte com 353. A região Centro-Oeste contará com 286 creches na iniciativa.

No Brasil, estima-se que uma em cada cinco crianças menores de cinco anos apresentem anemia, sendo mais frequente em menores de dois anos. A expectativa é que a suplementação alimentar reduza este índice.

De acordo com o Estudo Nacional de Fortificação da Alimentação Complementar (ENFAC), realizado pelo Ministério em parceria com a USP, a suplementação reduz em 38% os casos de anemia e em 20% a deficiência de ferro após o uso do sachê em pó. A participação no programa é voluntária e depende do interesse do gestor municipal em aderir à iniciativa por meio do PSE.

“Para garantir o pleno desenvolvimento na infância é fundamental fazer uma complementação com micronutrientes que permita o enfrentamento não só da mortalidade, mas também das infecções, desnutrição e obesidade. Por isso, é um grande desafio garantir uma alimentação saudável e fortificada para as nossas crianças. Desta forma contribuímos para termos crianças mais saudáveis”, avaliou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

A estratégia já funciona como projeto piloto em 470 creches de 151 municípios e beneficia mais de 29 mil crianças. A falta de micronutrientes nos primeiros anos de vida pode prejudicar o desenvolvimento, causar doenças infecciosas e respiratórias, levar à desnutrição e ate à morte, sobretudo nas populações com menor renda, que tem menos acesso à alimentação adequada. Uma alimentação equilibrada é um dos fatores para garantir o crescimento e desenvolvimento saudável.

O sachê entregue para as creches é composto de 15 micronutrientes e é facilmente administrado, devendo ser adicionado uma vez ao dia em uma das refeições oferecidas à criança.

O suplemento não altera o sabor do alimento, o que evita rejeição, é de fácil absorção pelo organismo e não causa irritação gástrica. O consumo do sachê deve ser feito durante 60 dias e ter uma pausa entre três e quatro meses. O ciclo deverá se repetir até a criança completar três anos e onze meses.

“Não estamos substituindo a merenda escolar de maneira alguma. A fortificação não altera o sabor da comida servida na creche, ela apenas complementa a alimentação diária, desta forma as crianças estão ingerindo os micronutrientes de forma saudável”, esclarece o ministro.

A estratégia está de acordo com a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que recomenda a fortificação com múltiplos micronutrientes para aumentar a ingestão de vitaminas e minerais em crianças. Aproximadamente 50 países usam essa estratégia ou estão em fase de implantação. A ação integra o Brasil Carinhoso, que compõe o Plano Brasil Sem Miséria do governo federal.

Indústria nacional

Para a produção do sachê de micronutrientes no mercado nacional, foi firmada uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o Laboratório Farmacêutico da Marinha do Brasil (LFM).  A previsão é  que a transferência completa da tecnologia seja finalizada em cinco anos. O primeiro lote do sachê produzido no Brasil começará a ser distribuído a partir de 2015.

A PDP articula produtores públicos e privados para a internalização de tecnologias estratégicas para o SUS, utilizando o poder de compra do Estado para reduzir a vulnerabilidade do sistema, bem como ampliando o acesso da população a medicamentos, vacinas, equipamentos e materiais médicos. Atualmente, há 104 PDPs firmadas para produção de 66 medicamentos, 7 vacinas, 19 produtos para saúde e 5 projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D).

Saúde na escola

Criado em 2007 pelo governo federal, o Programa Saúde na Escola é uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação para promover a melhoria da qualidade de vida dos estudantes da rede pública de ensino.

Voltado à promoção da saúde e a prevenção de doenças e agravos, o programa prevê a ida de profissionais de saúde às escolas, de forma articulada com as equipes de educação, para acompanhar as condições de saúde dos estudantes e realizar ações de promoção de estilos de vida saudáveis.

Avaliação e orientação nutricional, incluindo o combate à desnutrição e à obesidade infantil, fazem parte do Programa. Em 2014, aderiram ao PSE 4.787 municípios, que contam com mais de 32 mil Equipes de Atenção Básica e 79 mil escolas, que beneficiam a 18,3 milhões de estudantes em todo o País.

No ano passado, o PSE passou a incluir mais alunos de creches e pré-escolas. Em 2013, foram disponibilizados R$ 39 milhões para execução do PSE nos municípios.

Fonte:

Ministério da Saúde

Sete alimentos que roubam seu cálcio

O segredo é balanceá-los, sem deixar o consumo de lado.

Garanta que seu organismo absorva todo o cálcio necessário para prevenir e controlar a doença. Café, chocolate e outros alimentos quase passam por vilões quando o assunto é garantir ossos fortes e saudáveis: diminuem a capacidade do organismo de absorver cálcio. A solução, entretanto, não é bani-los da dieta, já que muitos deles – como os grãos integrais – possuem outros nutrientes essenciais à saúde. Segundo a nutricionista Juliana Stein, é preciso saber balancear bem: “Para quem já tem doenças nos ossos, como osteoporose, pedimos para não misturar os alimentos fontes de cálcio com os que atrapalham a sua absorção”. A clássica combinação de café com leite, por exemplo, deve ser evitada. Conheça esses alimentos e saiba como consumi-los com segurança para os ossos.

Sal

Sal - Getty Images

Encontrado no sal, o sódio aumenta a excreção de cálcio pela urina. A nutricionista Juliana Stein, de São Paulo, recomenda que pessoas com osteopenia ou osteoporose eliminem o chamado sal de adição, aquele que acrescentamos à salada e a outros alimentos. Dica: use como tempero limão, azeite e especiarias.

 

Café

Café - Getty Images

Misturar essa bebida com leite pode não ser tão indicado, dependendo das proporções de café e leite em sua xícara. “A cafeína, presente no café, tem efeito diurético, o que faz com que o cálcio seja eliminado pela urina”, justifica Juliana Stein. Mas a nutricionista lembra que, para chegar a prejudicar a absorção, a quantidade de café ingerida ao dia deve ser superior a 300mg, o que equivale a três xícaras médias da bebida, aproximadamente.

 

 

Refrigerante

Refrigerante - Getty Images

Essa bebida é rica em fósforo, que inibe a absorção de cálcio pelo corpo. “O fósforo aumenta a liberação do paratormônio, hormônio que controla a quantidade de cálcio que temos nas células e nos ossos. Se ele está elevado, acaba mobilizando mais cálcio do osso pra corrente sanguínea, descalcificando os ossos”, explica Sandra da Silva Maria, nutricionista da Gastro Obeso Center, em São Paulo.

Atenção especial aos refrigerantes de cola: além do fósforo, eles contam com cafeína, a mesma substância do café que aumenta a eliminação de cálcio pela urina.

 

Alimentos com ácido oxálico e fitatos

Alimentos com ácido oxálico e fitatos - Getty Images

O ácido oxálico – encontrado em gérmen de trigo, nozes, feijão, espinafre, tomate e acelga -aumenta a eliminação de cálcio pelas fezes. O fitato age da mesma forma. Um exemplo de alimento com essas duas substâncias são os cereais integrais. No entanto, isso não significa que eles devem deixar de ser ingeridos, já que são ricos em fibras necessárias para o bom funcionamento do intestino. “Em casos de pessoas que já tenham doenças nos ossos, uma boa alternativa é ter uma alimentação com bastante frutas, vegetais e legumes, o que garantirá o pH ácido ao estômago – condição necessária para a boa absorção do cálcio”, diz Sandra, que justifica: “Quanto maior a ingestão desses alimentos, maiores as chances de você consumir zinco, mineral que equilibra o pH do estômago”.

Chocolate

Chocolate - Getty Images

Além de ter cafeína, o chocolate conta com o ácido oxálico que, como dito anteriormente, aumenta a eliminação de cálcio pelas fezes. “A quantidade de cafeína é a mesma, independente da quantidade de cacau”, garante Sandra. Ela também alerta que o chocolate ou achocolatado em pó adicionado ao leite tem o mesmo efeito. Para comer essa delícia com menos culpa, a nutricionista aconselha o consumo de chocolates com maior teor de cacau, pois, apesar de prejudicar a absorção de cálcio, há, ao menos, maior ação antioxidante – o que não acontece com chocolates com menos cacau em sua composição.

 

 

Gorduras

Gorduras - Getty Images

Existe um tipo específico de gordura que faz com que o cálcio seja liberado pelas fezes, em vez de ir para os ossos: os ácidos graxos saturados de cadeia longa, encontrados em manteiga e carnes gordurosas. A nutricionista Juliana Stein explica que, ao chegar ao intestino, esse tipo de gordura forma uma substância chamada oxalato, que se liga às moléculas de cálcio, formando um complexo insolúvel. “Esse complexo acaba sendo excretado nas fezes”, conta.

 

 

Excesso de ferro

Excesso de ferro - Getty Images

Embora aconteça raramente, é possível que o ferro em excesso faça com que o cálcio não seja absorvido. Isso acontece por causa de uma disputa entre esses dois minerais, como explica a nutricionista Juliana Stein. “Eles são absorvidos pela mesma ‘porta’ – chamada de glute, que encaminha as substâncias à corrente sanguínea – e competem entre si para serem absorvidos”, diz. O cálcio costuma ganhar o páreo, mas perde quando o ferro está em uma quantidade muito maior. No entanto, lembram as nutricionistas Juliana e Sandra, isso é raro de acontecer, já que geralmente as dietas são mais ricas em cálcio do que em ferro.

Excesso de proteínas

Excesso de proteínas - Getty Images

“O organismo gasta muito cálcio para processar a proteína”, diz a nutricionista Danielle Moreira, do Rio de Janeiro. Por isso, abusar nas fontes de proteínas pode aumentar a eliminação de cálcio pela urina, dificultando a sua absorção.

Mas como saber se você está passando dos limites na ingestão de proteínas? A nutricionista Juliana Stein explica que uma pessoa que não seja atleta precisa de 0,8 a 1g de proteínas diárias por quilo de seu peso. “Quem passa dessa 1g já tem a chamada dieta hiperproteica”, afirma.