Estresse e tédio podem levar à obesidade infantil

Profissionais orientam aos pais sobre má alimentação e sedentarismo; principais causadores da doença

Quase metade das crianças brasileiras de cinco a nove anos tem obesidade ou sobrepeso, é o que revela pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Alimentação inadequada e sedentarismo são os principais vilões. Outros fatores podem aumentar ainda mais o risco, entre eles, o psicológico, como estresse ou tédio, que levam as crianças a comerem mais que o indicado.

A psicóloga Mariana Baptista explica que a obesidade infantil acarreta os aspectos psicológicos tanto como causa, quanto consequência. “Existem estudos que mostram como causa a dificuldade de adaptação, na entrada da vida escolar, separação de pais, nascimento de irmão ou mudança de cidade. A ansiedade, uma emoção como outra qualquer, que, em excesso, pode levar a criança a descontar na alimentação, principalmente se ela não gasta a energia com atividades físicas e brincadeiras”. Entre as consequências, a psicóloga destaca o isolamento social. “A criança pode sofrer insultos e ser desmerecido por sua condição tanto por colegas quanto pelos próprios parentes”, disse a psicóloga acrescentando ainda que, em casos mais extremos, a obesidade pode levar até a depressão infantil.

Ainda de acordo com Mariana, para lidar com a ansiedade e impor limites os pais podem procurar um psicólogo para orientação. “Caso percebam mudança de comportamento, como irritabilidade ou isolamento, podem buscar um psiquiatra infantil para caso de medicação. O psicólogo vai ajudar a criança a lidar com os sentimentos negativos”, informou.

De acordo com a nutricionista Thaysa Lopes, a alimentação saudável pode começar a ser incentivada ainda na primeira infância, quando os novos alimentos são apresentados ao bebê. “À medida que a criança cresce, os pais podem incentivá-los através de brincadeiras e usando a criatividade no momento da apresentação desses alimentos, sem que seja necessário lançar mão de chantagens ou “esconder” os vegetais. Isso pode até fazer a criança engolir, mas não vai criar um hábito de alimentação saudável. O ambiente familiar também determina o comportamento da criança até a idade adulta. Os pais são vistos como um exemplo a ser seguido pelos pequenos. Se a mãe ou o pai se recusa a comer alimentos saudáveis, será difícil convencer a criança a ingeri-los”, destacou Thaysa, acrescentando ainda que os alimentos que mais têm prejudicado a saúde das crianças são os fast foods, refrigerantes, alimentos industrializados e congelados, doces e frituras.

Ainda segundo a nutricionista, já no caso de obesidade o ideal seria, além da redução desses alimentos “perigosos”, a inserção de todos os grupos de alimentos no cardápio infantil. Uma alimentação rica em frutas, verduras, legumes, grãos, cereais e sementes seria o mais adequado, além da prática de atividade física.

A professora de educação física Elaine de Almeida fala sobre a importância de incentivar as crianças desde cedo à prática de atividades físicas. “As crianças de hoje destinam maior parte do tempo a games e internet, deixando de lado as brincadeiras e atividades físicas e o estimulo ao desenvolvimento psicomotor, cuja fase fundamental acontece dos dois aos sete anos de idade. É importante que os pais incentivem, desde cedo, as crianças a praticarem algum esporte, levando em parques para brincar, colocando em aulas de natação, futebol, ginástica, entre outras modalidades”, conclui.

Creches brasileiras começam a receber suplementação nutricional

Estratégia pode reduzir em até 38% os casos de anemia e em 20% a deficiência de ferro na infância

Com o objetivo de prevenir anemia e controlar carências nutricionais na infância, o Ministério da Saúde realiza, nesta segunda-feira (2), o lançamento nacional do NutriSUS, estratégia que beneficiará mais de 330 mil crianças de 1.717 municípios brasileiros.

Para a ação, que estará presente em 6.864 creches, o Ministério da Saúde investiu R$ 7,5 milhões para a aquisição de sachês de vitaminas e minerais que irão fortificar a alimentação ofertada nas creches participantes do Programa Saúde na Escola (PSE).

Para 2015 está previsto um investimento de R$ 12,5 milhões visando a compra de 40 milhões de sachês. Os sachês multivitamínicos da ação, feita em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e Ministério da Educação, começarão a ser utilizados na suplementação das crianças já no primeiro semestre do ano letivo.

Confira a apresentação

A definição das creches que receberão a suplementação alimentar nessa primeira fase do programa levou em consideração àquelas com mais de 95% das crianças com idade entre 6 e 48 meses, municípios da região Norte e Nordeste e creches dos municípios do Sul, Sudeste e Centro-Oeste com mais de 110 crianças na faixa prioritária.

O Nordeste será a região com o maior número de creches participantes, contabilizando 4.393 unidades. Em seguida vem a região Sudeste – com 1.233, a região Sul, com 599 unidades, e a região Norte com 353. A região Centro-Oeste contará com 286 creches na iniciativa.

No Brasil, estima-se que uma em cada cinco crianças menores de cinco anos apresentem anemia, sendo mais frequente em menores de dois anos. A expectativa é que a suplementação alimentar reduza este índice.

De acordo com o Estudo Nacional de Fortificação da Alimentação Complementar (ENFAC), realizado pelo Ministério em parceria com a USP, a suplementação reduz em 38% os casos de anemia e em 20% a deficiência de ferro após o uso do sachê em pó. A participação no programa é voluntária e depende do interesse do gestor municipal em aderir à iniciativa por meio do PSE.

“Para garantir o pleno desenvolvimento na infância é fundamental fazer uma complementação com micronutrientes que permita o enfrentamento não só da mortalidade, mas também das infecções, desnutrição e obesidade. Por isso, é um grande desafio garantir uma alimentação saudável e fortificada para as nossas crianças. Desta forma contribuímos para termos crianças mais saudáveis”, avaliou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

A estratégia já funciona como projeto piloto em 470 creches de 151 municípios e beneficia mais de 29 mil crianças. A falta de micronutrientes nos primeiros anos de vida pode prejudicar o desenvolvimento, causar doenças infecciosas e respiratórias, levar à desnutrição e ate à morte, sobretudo nas populações com menor renda, que tem menos acesso à alimentação adequada. Uma alimentação equilibrada é um dos fatores para garantir o crescimento e desenvolvimento saudável.

O sachê entregue para as creches é composto de 15 micronutrientes e é facilmente administrado, devendo ser adicionado uma vez ao dia em uma das refeições oferecidas à criança.

O suplemento não altera o sabor do alimento, o que evita rejeição, é de fácil absorção pelo organismo e não causa irritação gástrica. O consumo do sachê deve ser feito durante 60 dias e ter uma pausa entre três e quatro meses. O ciclo deverá se repetir até a criança completar três anos e onze meses.

“Não estamos substituindo a merenda escolar de maneira alguma. A fortificação não altera o sabor da comida servida na creche, ela apenas complementa a alimentação diária, desta forma as crianças estão ingerindo os micronutrientes de forma saudável”, esclarece o ministro.

A estratégia está de acordo com a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que recomenda a fortificação com múltiplos micronutrientes para aumentar a ingestão de vitaminas e minerais em crianças. Aproximadamente 50 países usam essa estratégia ou estão em fase de implantação. A ação integra o Brasil Carinhoso, que compõe o Plano Brasil Sem Miséria do governo federal.

Indústria nacional

Para a produção do sachê de micronutrientes no mercado nacional, foi firmada uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o Laboratório Farmacêutico da Marinha do Brasil (LFM).  A previsão é  que a transferência completa da tecnologia seja finalizada em cinco anos. O primeiro lote do sachê produzido no Brasil começará a ser distribuído a partir de 2015.

A PDP articula produtores públicos e privados para a internalização de tecnologias estratégicas para o SUS, utilizando o poder de compra do Estado para reduzir a vulnerabilidade do sistema, bem como ampliando o acesso da população a medicamentos, vacinas, equipamentos e materiais médicos. Atualmente, há 104 PDPs firmadas para produção de 66 medicamentos, 7 vacinas, 19 produtos para saúde e 5 projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D).

Saúde na escola

Criado em 2007 pelo governo federal, o Programa Saúde na Escola é uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação para promover a melhoria da qualidade de vida dos estudantes da rede pública de ensino.

Voltado à promoção da saúde e a prevenção de doenças e agravos, o programa prevê a ida de profissionais de saúde às escolas, de forma articulada com as equipes de educação, para acompanhar as condições de saúde dos estudantes e realizar ações de promoção de estilos de vida saudáveis.

Avaliação e orientação nutricional, incluindo o combate à desnutrição e à obesidade infantil, fazem parte do Programa. Em 2014, aderiram ao PSE 4.787 municípios, que contam com mais de 32 mil Equipes de Atenção Básica e 79 mil escolas, que beneficiam a 18,3 milhões de estudantes em todo o País.

No ano passado, o PSE passou a incluir mais alunos de creches e pré-escolas. Em 2013, foram disponibilizados R$ 39 milhões para execução do PSE nos municípios.

Fonte:

Ministério da Saúde

Atividade física em excesso pode causar acúmulo de radicais livres

Os chamados radicais livres são frações de moléculas que resultam do processo da produção de energia pelo tecido muscular. No entanto, o excesso de atividades físicas, principal meio de obter radicais livres, pode prejudicar a saúde. O Minha Vida publicou um artigo interessante sobre o tema e resolvemos replicar por aqui.

Radicais livres: mais uma salada de letras que assombra aqueles que se preocupam com a boa saúde e tem na atividade física regular um meio de obtê-la.

Radicais livres são frações de moléculas, fragmentos, que resultam de todo o processo da produção de energia pelo tecido muscular. Eles são extremamente instáveis e sua ativação causa lesão do tecido muscular.

Embora o metabolismo exigido na produção de energia para atividade física termine na formação desses radicais, além de outras moléculas, somente o excesso de exercícios, atividade física intensa e prolongada, faz com que o seu acúmulo seja prejudicial à saúde. Excluindo carências nutricionais e doenças, basta que a atividade física seja de intensidade moderada em seu volume semanal para prevenir o problema.

A atividade física intensa consiste em um consumo máximo de oxigênio e é algo extenuante. Envolve realizar um treino por um período maior do que aquele com o qual estava habituada. Outras características são fazer um treino mais extenuante do que o normal e realiza-lo mais de três vezes por semana.

No entanto, se por qualquer razão você for obrigado a se submeter a um treinamento intenso, esteja preparado para os efeitos nocivos como consequências do acúmulo desses radicais que vão desde dor devido ao processo inflamatório que se estabelece até grandes destruições de tecido muscular.

Entre os fatores que desencadeiam a lesão muscular pelo efeito nocivo dos radicais livres, o estresse mecânico vinculado ao excesso, é um dos mais relevantes, principalmente se resultado de exercícios musculares excêntricos. Tratam-se daqueles que vão além da capacidade do músculo de produzir energia e assim ele realiza um movimento contrário a sua ação. Um exemplo disso é o cotovelo que se abre para fora quando a pessoa carrega muito peso.

Como consequência, há fadiga e perda de força que é maior do que a produzida pelos trabalhos concêntricos, movimento a favor da contração do músculo, embora estes em excesso possam trazer efeito semelhante.

É fácil perceber que a persistência da alta intensidade dos exercícios de maneira continuada e prolongada leva a danos ao tecido muscular. Estes danos podem ser permanentes e se agravam com a perda natural da força e resistência ocorrida com o passar dos anos.

Outro ponto principal a ser esclarecido é a ação do oxigênio, ou da falta dele. A atividade física intensa e prolongada impede o adequado aporte de oxigênio, mais uma causa de estresse na produção de energia pelo músculo. Este fenômeno leva a uma menor produção de antioxidantes como as vitaminas A, E, C e de elementos como o zinco e magnésio, essenciais no bloqueio da indesejada ação dos radicais livres.

Como prevenir o problema

Ficou com má impressão lendo este artigo? Então vamos desfazê-la: pratique atividade física moderada e regular que seus radicais livres serão naturalmente combatidos pela produção adequada de antioxidantes e você continuará usufruindo tudo o que de bom o exercício traz para o nosso organismo. Além disso, mantenha uma dieta balanceada com grande variedade de alimentos.

Confira 11 dicas de como voltar a boa forma após a gravidez

A preocupação de muitas mães após o parto, é recuperar o corpo de antes. Tanto a falta de cuidados com alimentação e atividade física quanto o excesso de exercícios e dietas restritivas podem atrapalhar o processo e causar problemas à saúde.

Confira 11 respostas de especialistas sobre o assunto:

1. Em quanto tempo, em média, o corpo da mulher volta ao normal depois do parto?

Durante a gravidez, a mulher sofre uma avalanche hormonal que se restabelece geralmente após seis meses, que é o tempo médio para a volta ao corpo original.

“Não é preciso se desesperar se, no pós-parto imediato, parecer que ainda está grávida de seis meses. Isso é devido à grande retenção de líquidos pelas mudanças hormonais, o útero ainda está distendido e tudo isso se restabelece muito lentamente”, explica a dermatologista Meire Gonzaga, do Femme Laboratório da Mulher.

2. O tipo de parto interfere nesse tempo para o corpo voltar ao normal?

A recuperação do parto vaginal costuma ser mais rápida, pois a cesárea é uma cirurgia com corte de todas as camadas da barriga, além do próprio útero. Isso causa, em geral, mais desconforto e mais chances de complicações, como infecções.

Mas a maioria das mulheres se sente apta a começar caminhadas leves, por exemplo, em torno de 15 dias.

3. Durante a gravidez, quais cuidados devem ser tomados para conseguir voltar ao corpo de antes depois do parto?

Alimentação balanceada, manutenção do peso, prática de atividades físicas, proteção solar para evitar manchas de hiperpigmentação, ingerir muito líquido (evite bebidas artificiais), usar cremes para hidratação da pele.

“Quanto mais idade a mãe tiver, em geral, será mais difícil a recuperação do corpo. A cada gestação, também ficará mais complicado, pois a flacidez da pele tende a ser maior”, comenta a ginecologista Bárbara Murayama, coordenadora da Clínica da Mulher do Hospital 9 de Julho.

4. Após a gravidez, quais cuidados são necessários?

Alimente-se de maneira balanceada, a cada três horas, sem excessos de sal, gordura e açúcar. Inicie as atividades físicas assim que o médico liberar, começando com caminhadas leves com o bebê no carrinho.

“Quanto ao uso de cintas elásticas, o assunto é controverso, mas oriento o uso por três meses após o parto. Drenagem linfática também é útil para ajudar a desinchar mais rápido”, comentou a dermatologista Meire.

O uso da cinta deve ser comentado com o obstetra, para indicar o modelo mais adequado à sua real necessidade.

5. Quais são os principais erros das mulheres durante e após a gravidez que retardam o retorno ao corpo de antes?

Um deles é não se preparar para a gestação. “Sabemos que quanto mais saudável a mulher entrar na gestação, mais saudável será o período. Menos riscos para a saúde dela e do bebê durante e após a gravidez”, explica Bárbara.

Outro erro muito comum é achar que a grávida deve comer por dois. “A gravidez demanda um gasto energético adicional de apenas 300 calorias. Portanto, a mulher não pode comer por dois. Já na amamentação, o gasto passa a aproximadamente 700 calorias”, afirma Meire.

Há também quem ache que a gestante não pode se exercitar. Deve, sim, colocar o corpo em ação, mas sempre sob orientação profissional, a não ser em situações de risco, em que o médico irá contraindicar a prática.

Abandonar o aleitamento materno também é um erro. “Amamentar é dos atos que mais ajudam a perder peso. O aleitamento ajuda a contração do útero para que ele volte ao tamanho original de antes da gestação”, explica a ginecologista Bárbara.

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6. Depois do parto, muitas mulheres querem apressar o processo para voltar ao corpo de antes e apostam em dietas restritivas e muita atividade física. Quais problemas essa pressa e esses excessos podem causar?

“Depois do parto, o organismo leva pelo menos 40 dias para se recuperar dos efeitos da gestação, a mulher fica debilitada, devido ao próprio parto, a privação de sono por conta dos cuidados com o bebê, ao próprio aleitamento, que literalmente nos suga.

Por tudo isso, precisamos nos alimentar bem nessa fase, manter a alimentação balanceada e variada, e começar com atividades físicas aos poucos e sob orientação”, esclarece Bárbara.

A resistência do organismo com todo esse processo fica mais baixa e não se alimentar corretamente e exagerar nos esportes pode piorar ainda mais a situação e facilitar infecções.

A pressa e os excessos também podem prejudicar a amamentação e intensificar a queda de cabelo, como informa a dermatologista Meire.

“Durante a gestação, os hormônios deixam as articulações mais frouxas. Por isso, se a mulher decidir virar uma triatleta de uma hora para outra estará sujeita a lesões nos ligamentos”, completa.

7. O exercício físico que se pratica antes e durante a gravidez interfere no corpo depois da gravidez?

Sim. Ao seguir uma rotina regular de atividade física, é possível manter ou evitar uma queda significativa do condicionamento físico, segundo a educadora física Sílvia Santamaria Correa da Fonseca.

“Ocorrerá uma propensão maior de evitar a adiposidade e um ganho de peso abrupto. O exercício também evitará ou amenizará dores pélvicas ou lombares e diminuirá a chance de ter depressão pós-parto, mantendo a autoestima elevada”, acrescentou.

8. Durante a gravidez, quais são os melhores tipos de exercícios físicos?

Cada mulher deve ser avaliada individualmente e a prescrição de exercícios deve ser feita com base em seu histórico de atividade física, possíveis doenças existentes e condicionamento físico atual.

Em geral, a gestante pode continuar a manter sua rotina de exercícios pré-existente, porém a intensidade, duração e frequência devem ser ajustadas a cada fase da gravidez. “Isso porque ocorrem mudanças endócrinas, cardiovasculares e posturais que devem ser levadas em consideração e analisadas por um profissional”, explica Silvia.

É recomendado que a grávida evite esportes de impacto, como lutas, esportes coletivos e também os com risco de queda, como bicicleta, por exemplo. Caminhadas e esportes em piscina são ótimos.

9. Após o parto, quando a mulher pode voltar a praticar atividade física e como deve ser essa volta?

A maioria das mulheres pode retomar as atividades físicas por volta de 15 dias depois do parto, com caminhadas leves, que podem ser empurrando o carrinho do bebê ou na esteira.

Mas esse tempo pode variar de acordo com o parto, com situações que tenham ocorrido durante a gestação, com problemas de saúde maternos. Portanto, só o médico da paciente poderá determinar.

10. Após a liberação do médico para atividades mais intensas, quais são as dicas para as mulheres retornarem à barriga de antes da gravidez?

Para ter uma barriga bonita, é necessário ter pouca gordura por cima do músculo abdominal e que ele esteja forte para poder aparecer.

“Conseguimos isso com um trabalho muscular eficiente e emagrecendo, ou seja, tendo um déficit calórico negativo, gastando mais do que ingerimos. Não adianta fazer milhares de séries de abdominais para alcançar uma barriga bonita. O gasto calórico com esses exercícios é ínfimo. O que mais importa é realizar uma sequência que trabalhe grandes agrupamentos musculares, elevando o gasto calórico durante e após o treino. Para isso, deve-se dar preferência a exercícios multiarticulares, como o agachamento por exemplo. Não existe uma série ideal para todas as mulheres”, explica Silvia.

“Também é importante ressaltar que a mulher não deve sobrecarregar demais seu organismo e diminuir muito a porcentagem de gordura corporal, já que isso pode desencadear a interrupção da produção de leite materno”, finaliza.

11. Para deixar a aparência da barriga bonita, quais outros cuidados são fundamentais?

Use hidratantes para firmar a pele, com D pantenol, vitamina E, óleos vegetais, silícios orgânicos, recomenda a dermatologista Meire. “Existem muitos tratamentos para as estrias e a flacidez, tais como peeling, laser, radiofrequência, microagulhamento, entre outros. Alguns deles podem ser feitos durante a amamentação”, completa.

(com informações Portal Terra)

Hipertensão é uma das doenças que podem ser controladas com a ajuda da ioga

As cicatrizes poderiam prejudicar os movimentos do corpo. Mas ela se mantém firme e flexível. As limitações impostas por dois acidentes na infância poderiam deixá-la amargurada. Mas não falta a ela bom humor. “Devo isso à ioga”, garante Elza Maria de Almeida, de 66 anos, um dos exemplos de que a prática milenar contribui para um envelhecimento saudável. “Algumas posições substituí com a idade, mas continuo a andar muito a pé, subir em árvore e escalar montanha.” Elza observa que está mais centrada, aprendeu a lidar melhor com as dificuldades e não leva a vida tão a sério. O relato é a prova de que não existe idade certa para alcançar os benefícios físicos e emocionais de uma aula de ioga.

A professora do espaço Ponto de Equilíbrio Patrícia Katahira explica que as posturas são adaptadas para respeitar a condição de cada aluno. Os que não podem sentar no chão usam uma cadeira, e aqueles com problema de coluna, impedidos de realizar uma torção, por exemplo, fazem outros movimentos que possam oferecer os mesmos benefícios. “Tenho um cuidado a mais com os joelhos na hora de trabalhar as pernas e deixo que eles utilizem o apoio de uma cadeira nas posturas em pé para que não se desequilibrem. Fazemos de tudo para não haver imprevistos”, acrescenta. A série de exercícios da aula de ioga trabalha o fortalecimento e alongamento dos músculos, que enrijecem com a idade, e melhora o equilíbrio.

A hipertensão é uma das doenças que podem ser controladas com a ajuda da ioga. O ganho é obtido quando se amplia a respiração, que vai ficando cada vez mais curta ao longo do tempo. “Consigo trabalhar uma respiração mais profunda e lenta em um momento de meditação, com olhos fechados, para baixar pressão. Isso é comprovado cientificamente”, destaca Patrícia. Algumas posturas são indicadas para ativar o funcionamento do pâncreas, o que beneficia idosos com diabetes. Para quem sofre com artrite e artrose, a professora inclui na aula movimentos para melhorar a flexibilidade das articulações e até amenizar as dores. A técnica ainda trabalha a postura, ensinando a forma correta de caminhar, além de aumentar a tranquilidade, diminuir a ansiedade, melhorar a circulação sanguínea, ativar a memória e reduzir tensões musculares com o relaxamento.

RESULTADOS
Segundo Patrícia, a ioga integra corpo, mente e espírito, por isso os benefícios não se restringem ao físico. “O momento da prática serve para o aluno se conhecer melhor. Ele se desliga do mundo externo para observar suas reações, sua respiração, seus pensamentos”, pontua. A professora lembra, no entanto, que o resultado leva tempo, já que o processo de desenvolvimento interno é demorado. Nem sempre na primeira aula o aluno vai perceber os ganhos, mas ele sempre deve observar como se sente depois da prática.

A atividade física cumpre um papel importante na vida do idoso. “Dentro do processo natural de envelhecimento, é esperado que haja uma diminuição da força muscular, as articulações tendem a ficar mais rígidas, a circulação fica mais difícil, então os exercícios entram para minimizar uma série de modificações no corpo”, alerta a gerontóloga Rita de Cássia Guedes, conselheira da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia – seção Minas Gerais (SBGG-MG). Por melhorar força, flexibilidade e equilíbrio, a ioga pode até prevenir quedas, muito comuns nessa fase da vida. Além disso, promove o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, que, com o tempo, se enfraquecem e contribuem para aumentar o risco de incontinência urinária.

Como não trabalha apenas o corpo, a ioga pode afastar a depressão. Rita lembra que o relaxamento e a meditação ajudam na aceitação das mudanças do corpo e da vida. “Com essas técnicas, é possível aumentar a produção de neurotransmissores, substâncias que trazem sensação de bem-estar. Elas ainda melhoram o sono e diminuem a ansiedade”, informa. As aulas também colaboram para minimizar um outro problema comum na terceira idade, que é o isolamento. “Os idosos passam muito tempo em casa, muitas vezes são viúvos e sofrem com a perda das pessoas queridas. Fazer novas amizades é extremamente enriquecedor.” A gerontóloga reforça que a qualidade de vida tende a melhorar com a prática orientada de atividade física.