Pesquisa do HCor aponta eficácia da atividade física na recuperação de pacientes cardíacos

Estudo clínico do Serviço de Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica apontou que 98% dos pacientes com doenças cardiovasculares apresentaram evolução efetiva na recuperação por meio de musculação e exercícios aeróbicos supervisionados
Pesquisa do Serviço de Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica do HCor apontou que 98% dos pacientes avaliados que fizeram tratamento pelo Programa de Reabilitação do hospital obtiveram melhora na capacidade de oxigenação, aumento da força muscular cardíaca e maior tolerância ao exercício físico, além da redução de massa gorda, ganho de massa magra, bem como na melhora na qualidade de vida.
Segundo o responsável pela da pesquisa, Dr. Carlos Hossri e pelo Programa de Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica do HCor, 78% dos analisados já haviam sido submetidos a algum tipo de procedimento invasivo (ponte de safena, mamária ou angioplastia coronária com stent, correção de cardiopatias congênita e de doenças pulmonares). “A resposta obtida pela reabilitação foi tão satisfatória que o questionário de qualidade de vida ficou semelhante ou até mesmo superior ao de indivíduos normais”, explica o Dr. Hossri.
Entre 2011 e 2013 foram avaliados 106 pacientes com doença coronariana por meio de aplicação de questionário e diferentes tipos de testes de esforço, antes e depois dos pacientes iniciarem o tratamento pela Reabilitação Cardiopulmonar. Após três meses do Programa de Reabilitação, 98% dos pacientes apresentaram qualidade de vida igual ou superior quando comparados a indivíduos sem doença cardíaca.
De acordo com o responsável pela pesquisa ocorreram melhoras significativas em todos os aspectos, especialmente nos índices de qualidade de vida desses pacientes. “O Programa de Reabilitação Cardiopulmonar recomendado, monitorado e supervisionado promove melhoria na qualidade de vida dos pacientes com doenças cardíacas e pulmonares mais graves”, finaliza Dr. Hossri.
Personagens
“Gosto de romper barreiras, já que anseio por desafios. Pude desempenhar atividades físicas com segurança, já que há uma equipe multidisciplinar me assistindo”, explica Lucy Carvallaro, 52 anos.
Ela sofre com tetralogia de falott, doença congênita, com quatro tipos de defeitos no coração. Já passou por três procedimentos cirúrgicos diferentes, sendo o primeiro aos 5 anos de idade, o segundo com 18 anos e em 2014 realizou a última cirurgia. Depois disso, em menos de um ano passou a frequentar o Programa de Reabilitação Cardiopulmonar.
Em aproximadamente oito meses percebeu uma evolução no quadro de saúde. As crises de asma que a acompanhava diminuíram muito e já é possível reverte-la sem remédios, além de conseguir realizar mais atividades físicas, tanto pelo programa do hospital, quanto no clube que frequenta.
Disposição, ânimo e melhora na respiração são as percepções do bancário Nelson Sanchez, de 50 anos.
Aos 14 anos foi diagnosticado com diabetes tipo I, um dos principais fatores de risco para doenças no coração. Aos 38 anos foi submetido a duas pontes de safena e uma ponte mamária. No ano de 2008 veio o diagnóstico de uma ponte e duas outras artérias ocluídas. Já em 2013, um ano depois da implantação de dois stents, Sr. Nelson recorreu ao Programa de Reabilitação Cardiopulmonar e, quatro meses depois, ele percebeu uma melhora significativa na saúde, sem contar as dores que ele sentia no peito, que foram amenizadas.
Sobre o Programa de Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica do HCor:
O programa é sugerido a todos os indivíduos portadores de risco para o desenvolvimento de doença arterial coronariana como indivíduos que já realizaram procedimentos invasivos como: angioplastia; revascularização do miocárdio, transplante cardíaco, implante de marca-passo ou cardiodesfibrilador implantável (CDI), cirurgia de válvulas, entre outras.
A reabilitação cardiopulmonar está indicada a todos os pacientes que apresentam falta de ar, limitação ao exercício pelo cansaço e fadiga, bem como restrição nas atividades de vida diária.
O objetivo do programa de Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica do HCor é reduzir os sintomas de fraqueza, diminuir a dispneia (falta de ar), melhorar a qualidade de vida e aumentar a participação dos pacientes nas atividades da vida diária propiciando o retorno mais precoce à atividade produtiva e ou lazer. Nesta modalidade de reabilitação é recomendado o treinamento com exercícios monitorados e supervisionados, o que propicia maior efetividade e segurança durante o tratamento do paciente.

Atividade física em excesso pode causar acúmulo de radicais livres

Os chamados radicais livres são frações de moléculas que resultam do processo da produção de energia pelo tecido muscular. No entanto, o excesso de atividades físicas, principal meio de obter radicais livres, pode prejudicar a saúde. O Minha Vida publicou um artigo interessante sobre o tema e resolvemos replicar por aqui.

Radicais livres: mais uma salada de letras que assombra aqueles que se preocupam com a boa saúde e tem na atividade física regular um meio de obtê-la.

Radicais livres são frações de moléculas, fragmentos, que resultam de todo o processo da produção de energia pelo tecido muscular. Eles são extremamente instáveis e sua ativação causa lesão do tecido muscular.

Embora o metabolismo exigido na produção de energia para atividade física termine na formação desses radicais, além de outras moléculas, somente o excesso de exercícios, atividade física intensa e prolongada, faz com que o seu acúmulo seja prejudicial à saúde. Excluindo carências nutricionais e doenças, basta que a atividade física seja de intensidade moderada em seu volume semanal para prevenir o problema.

A atividade física intensa consiste em um consumo máximo de oxigênio e é algo extenuante. Envolve realizar um treino por um período maior do que aquele com o qual estava habituada. Outras características são fazer um treino mais extenuante do que o normal e realiza-lo mais de três vezes por semana.

No entanto, se por qualquer razão você for obrigado a se submeter a um treinamento intenso, esteja preparado para os efeitos nocivos como consequências do acúmulo desses radicais que vão desde dor devido ao processo inflamatório que se estabelece até grandes destruições de tecido muscular.

Entre os fatores que desencadeiam a lesão muscular pelo efeito nocivo dos radicais livres, o estresse mecânico vinculado ao excesso, é um dos mais relevantes, principalmente se resultado de exercícios musculares excêntricos. Tratam-se daqueles que vão além da capacidade do músculo de produzir energia e assim ele realiza um movimento contrário a sua ação. Um exemplo disso é o cotovelo que se abre para fora quando a pessoa carrega muito peso.

Como consequência, há fadiga e perda de força que é maior do que a produzida pelos trabalhos concêntricos, movimento a favor da contração do músculo, embora estes em excesso possam trazer efeito semelhante.

É fácil perceber que a persistência da alta intensidade dos exercícios de maneira continuada e prolongada leva a danos ao tecido muscular. Estes danos podem ser permanentes e se agravam com a perda natural da força e resistência ocorrida com o passar dos anos.

Outro ponto principal a ser esclarecido é a ação do oxigênio, ou da falta dele. A atividade física intensa e prolongada impede o adequado aporte de oxigênio, mais uma causa de estresse na produção de energia pelo músculo. Este fenômeno leva a uma menor produção de antioxidantes como as vitaminas A, E, C e de elementos como o zinco e magnésio, essenciais no bloqueio da indesejada ação dos radicais livres.

Como prevenir o problema

Ficou com má impressão lendo este artigo? Então vamos desfazê-la: pratique atividade física moderada e regular que seus radicais livres serão naturalmente combatidos pela produção adequada de antioxidantes e você continuará usufruindo tudo o que de bom o exercício traz para o nosso organismo. Além disso, mantenha uma dieta balanceada com grande variedade de alimentos.

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MALHE CEDO
Se você está lutando para se manter motivada, o relógio é seu inimigo. Quanto mais tarde fica, mais razões você vai ter que evitar o exercício. “As chances de você dar desculpas para não se exercitar são menores pela manhã, porque à tarde outras tarefas ganham prioridade”, disse a especialista Lorna Jane Clarkson ao site “Byrdie”. Se o exercício for sua primeira atividade da manhã, você vai se sentir bem o resto do dia.

SEPARE SUA ROUPA
Antes de ir para a cama à noite, separe a roupa com a qual irá malhar no dia seguinte. Isto irá deixá-la mais animada na hora de despertar, e evitará qualquer desculpa. “Escolha um shortinho,  pegue o fone de ouvido e tire uma foto para o Instagram “, sugere. O importante é tratar a atividade física como um evento especial.

COMPROMETA-SE
Quando você não consegue se auto-motivar, o melhor truque é se comprometer com pessoas com as quais você não pode furar. “Se você combinar de malhar com alguém, as chances de você desistir são menores”, afirma. “Você se sentirá culpada por dar um bolo. E seu amigo irá culpá-la mesmo! Se for um personal trainer, você terá que pagar caso cancele na última hora”, recomendou.

FAÇA ALGUMA COISA (QUALQUER COISA)
Quando seu último pensamento é praticar exercício, tente fazer alguma atividade, mesmo que seja discreta. “Exercite-se, não importa o que aconteça. Quando você acordar e pensar: ‘estou tão dolorida’, faça algo. Se está sentindo alguma dor, faça uma caminhada. Chame um amigo para um passeio no horário de almoço ou estacione um pouco mais longe do local de costume”, indicou.

VISTA-SE DE ACORDO
Por último, mas não menos importante: use roupas de ginástica. Elas são feitas para aguentar o suor, facilitar os movimentos e se adequar à respiração. “Pessoas que utilizam estas peças podem não ser atletas, mas se movimentam mais no dia a dia. É um estado da mente”, concluiu Clarkson.

Como inserir a atividade física na infância

Quando a televisão não era tão popular nas residências, as brincadeiras das crianças envolviam correr na rua, empinar pipa ou pular corda. Em tempos de tecnologia, com a disponibilidade de videogames, desenhos animados e filmes, a diversão da criançada passou a ser, muitas vezes, olhar para a tela da TV. Entretanto, os médicos alertam sobre a importância da atividade física na vida de uma criança.

De acordo com o Dr. José Gabel, secretário do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), a prática de exercícios físicos regulares fortalece a massa óssea e muscular, contribui para o aperfeiçoamento e aquisição de habilidades motoras, desenvolve a flexibilidade, ajudando na manutenção da postura e equilíbrio, além de melhorar o sistema cardiocirculatório. Mas não para por aí.

“É de consenso mundial que a realização de atividades físicas na infância ajuda a manter o peso ideal, reduzindo índices de obesidade e suas consequências, como diabetes, hipertensão e dislipidemias, por exemplo.”, explica.

Além dos benefícios físicos, atividades físicas como futebol, vôlei e basquete também trazem ganhos para a socialização da criança. Esportes coletivos permitem que o jovem aprenda a trabalhar em equipe e proporciona momentos de conversa entre os participantes, o que aumenta a autoestima e o equilíbrio emocional.

Vale ressaltar que o exagero de exercícios físicos nessa faixa etária tem efeito contrário e pode até prejudicar o desenvolvimento dos pequenos. “Pais desejam criar atletas mirins, com agendas sobrecarregadas e sem descanso. Esse ritmo é prejudicial, resulta em sintomas diversos como criar motivos para não frequentar as aulas, fadiga, cansaço, perda de concentração, alterações no humor, irritabilidade, insônia, dores musculares e articulares, além do grande risco de lesões”, conta Gabel.

 

Em contrapartida, muitos pais também pensam que a aula de Educação Física no colégio é exercício suficiente para o filho. Será? O Doutor José fala que a prática escolar contribui para melhorar a qualidade da saúde, mas é insuficiente para alcançar objetivos como o desenvolvimento da capacidade motora, cognitiva, afetiva e social.

Também é importante ficar atento às atividades mais indicadas para a faixa etária da criança. O Dr. José Gabel indica algumas mais apropriadas para cada idade.

De 1 mês a 1 ano: estímulos sonoros, estímulos visuais com panos coloridos, brincar de engatinhar, mímica, esconder e achar, além de espalhar brinquedos para estimular o bebê a se mover até alcançá-los;

De 1 a 5 anos: o que envolva corrida, chute, dança e teatro;

De 5 a 8 anos: aqui é importante incluir aquelas que contem regras, além de correr, dançar e iniciação esportiva – apresentação das modalidades sem ser competitivo;

De 8 a 14 anos: tênis, futebol, vôlei, basquete, natação, handball, ginástica, judô e demais modalidades voltadas para o desenvolvimento esportivo.

A recomendação para crianças é de, pelo menos, 60 minutos diários de exercícios e que a criança não fique mais de 2 horas do seu tempo por dia em aparelhos de televisão ou eletrônicos.

Dr. José frisa que os adultos devem ser um exemplo ativo para os menores: “Estimule a criança também praticando, como caminhadas, pedaladas e jogos. Encoraje-a pela troca da TV e computador por ações esportivas; saiba negociar o tempo de utilização desses aparelhos.”, recomenda.

Veja 8 dicas para incluir atividade física na sua rotina

Para conquistar e manter um estilo de vida saudável, é preciso mudar hábitos. A seguir, a Secretaria da Educação preparou dicas que vão mudar a sua rotina para melhor.

1. Evite escadas rolantes e elevadores: encontrar tempo e espaço para praticar atividade física no mundo contemporâneo não é uma tarefa fácil. Evitar os elevadores e as escadas rolantes – para subir e descer entre os andares – é uma boa maneira de mexer o corpo durante a rotina;

2. Caminhe em vez de ir de carro: curtas e médias distâncias podem ser percorridas a pé. A caminhada é uma forma saudável e econômica de fazer exercícios. Se for possível, deixe o carro na garagem e, para quem utiliza o transporte coletivo, a dica é descer um ponto antes do local de destino;

3. Alongue-se: passar muito tempo sentado, na sala de aula ou em frente à TV, pode acarretar sensação de desconforto e até dores musculares. Por isso, alongue o corpo, estique as pernas e se possível faça caminhadas curtas entre os intervalos de aulas, após longo período no computador, jogos eletrônicos ou televisão. O alongamento ajuda na respiração, na circulação e alivia as articulações do corpo;

4. Brinque à moda antiga: a atividade física não precisa ser monótona. Ao contrário, pode ser um momento descontraído e auxiliar na socialização entre colegas. Uma ótima oportunidade para mexer o corpo são os jogos coletivos, em equipe, e às brincadeiras à moda antiga, como pega-pega, queimada e barra-manteiga;

5. Agite em família: brincar em família, fazer caminhadas com os avós, jogar bola com os irmãos ou com os pais beneficiam todo núcleo familiar, promovem a interação e ainda protegem todos os familiares dos males do sedentarismo;

 

 

6. Hidrate-se: todas as atividades diárias requerem hidratação para o perfeito e harmônico funcionamento do corpo. A água garante a disposição e protege a saúde na hora do exercício. Por isso não esqueça de sempre ingerir líquidos;

7. Relaxe após agitar: descansar, respirar fundo e recuperar o ritmo dos batimentos cardíacos após atividades físicas, em especial as intensas, é fundamental para o corpo não ficar estressado e estar sempre pronto para mais exercícios. Uma ótima forma de relaxar é deitar com as pernas e os braços afastados, fechar os olhos e respirar fundo;

8. Faça o mesmo todos os dias: aproveite o dia do Agita Galera para gerar uma reflexão sobre os benefícios da atividade física. A realização dos exercícios precisa ser diária. Ao menos 30 minutos por dia já auxiliam para a melhor qualidade de vida.

Além disso, estudos usados pela Anced estimam que 25 mil crianças sobrevivem nas ruas de municípios com mais de 100 mil habitantes no Brasil. O número é difícil de confirmar por falta de dados específicos sobre a situação.

Um aspecto positivo apontado foi a diminuição, entre 2000 e 2010, da exploração econômica da criança e do adolescente, embora tenha havido aumento de 1,5% dessa exploração entre pessoas de 10 a 13 anos. A maior parte da população infantojuvenil que trabalha tem entre 14 e 17 anos e está nessa condição por motivos ligados ao tamanho da família, à renda e à escolaridade dos pais. Para a Anced, tais aspectos devem nortear as políticas públicas para que o Brasil cumpra o objetivo de erradicar o trabalho infantil.

O documento deve agora ser analisado pelo Comitê sobre os Direitos da Criança da ONU, que também receberá, conforme consta na CDC, um relatório oficial produzido pelo Estado brasileiro sobre o tema. Só após a análise dos dois textos é que o comitê se pronunciará acerca do assunto.

Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria de Direitos Humanos informou que não recebeu oficialmente o documento e que, por isso, não se manifestará sobre o conteúdo dele. Além disso, a secretaria confirmou que o Brasil apresentará sua análise sobre esses direitos à ONU, no segundo semestre deste ano.